quinta-feira, 11 de março de 2010

Cicatrizes de queloides

O quelóide apresenta uma incidência de pessoas portadoras que oscila em torno de 1,5%, em relação à população, segundo estatísticas nos Estados Unidos. Na África, esse índice atinge cifras de 6% (DUSTAN, 1995)
Os tratamentos dos queloides, são preventivos como beta-terapia, ou aplicações e infiltrações com corticosteróides ou operações recorrentes. Porém, é na Cirurgia Plástica, e mais efetivamente nas operações estéticas, que o temor desta alteração na cicatrização assume vital importância, acometendo na maioria dos casos pessoas de cor negra, parda ou amarela.
O processo patológico que resulta no quelóide deflagra-se, a princípio, num período crítico entre a terceira e a quarta semana após um ferimento, quando o equilíbrio entre a síntese e a lise de colágeno se desfaz. .Por motivo desconhecido, nos casos de quelóide a síntese torna-se maior que a lise por tempo indefinido (SULLIVAN, SHAUGHNESSY, 1996).
Além da participação dos fatores humorais na formação do quelóide, destacadamente os fatores de crescimento, a literatura também já consagra a intereferencia de correntes elétricas sobre o processo de cicatrização.
A inervação cutânea é associada com atividades primárias da pele como a função da imunidade, inflamação, termorregulação, crescimento de pelos, homeostase e também de cicatrização (BESNÉ, DESCOMBES, BRETON, 2002).
Os ductos das glândulas sudoríparas, por conterem líquidos, representam o principal trajeto do fluxo de corrente elétrica na pele. Por conseguinte, a pele é formada por regiões com diferentes propriedades elétricas, se apresentando como uma estrutura em mosaico (PANESCU et al, 1993
Alterações nessas correntes podem causar distúrbios na reparação tecidual. Pesquisas in vitro evidenciaram que a corrente elétrica pode influenciar a migração, proliferação e capacidade funcional dos fibroblastos (ERIKSON, NUCCITELLI, 1984; WEISS, KIRSNER, EAGLSTEIN, 1990
Conforme o princípio de Arnald, Schultz (1976), correntes de baixa intensidade estimulam a atividade fisiológica, enquanto estímulos mais altos podem inibir ou mesmo abolir esta atividade. Essa nova filosofia da eletroterapia - com baixa voltagem e níveis de corrente em microamperagem - é conhecida como Microcurrent Eletrical Neuromuscular Stimulation (MENS): Estimulação de Microcorrente Elétrica Neuromuscular

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